domingo, 23 de março de 2008

UMA COISA É UMA COISA E OUTRA COISA É OUTRA COISA

Cotidianamente nos deparamos com situações que tem mais de um ponto de vista e normalmente esses pontos de vista são diametralmente opostos. Pessoas com pontos de vista totalmente opostos também tem posturas opostas e para distinguirmos esses pontos de vista ou essas pessoas dependemos do nosso poder de observação.
Para testarmos esse poder, proponho ao leitor que atente às características que narrarei a seguir sobre alguém.
Aparência física: Magro, cabelo longo mal aparado e engordurado, barba mal feita, cara de sério, roupas geralmente rotas, sapatos velhos e sujos, usa óculos sempre o modelo mais severo, anda de ônibus, ou se tem carro está sempre sujo, usa aquelas antigas bolsas tira-colo, anda com livros que não lê, até para ir ao banheiro, para se passar por intelectual, e esta sempre de mal com a vida, botando a culpa de seus fracassos nos outros.
Filosofia de vida: Ele nem sempre é filiado a algum partido, mas, mesmo quando tem carteirinha, não contribui financeiramente. Quando exerce algum cargo em comissão ou recebe salário polpudo de uma Fundação ou ONG, às vezes dá uns "cem merréis" para organizar alguma palestra. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Ele é pró-Cuba, embora se defina contra toda e qualquer ditadura. Sua predileção pelo genocídio de Fidel é explicada por “n” razões, mas basicamente são perdoadas as ditaduras que empunhem bandeiras com as cores adequadas. Hitler e Mussolini servem para exemplificar casos de extremismo da direita, mesmo eles tendo dirigido governos com gigantismo estatal e ingerência governamental sobre o mercado. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Um "bom debate" é aquele em que todos concordam e, claro, a concordância seja sobre algo apoiado por seu ideário. No mais, toda opinião contrária é: a) burra; b) alienada; c) imperialista ou d) vendida. Ele aceita opiniões contrárias, desde que não sejam emitidas. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Critica a gestão de FHC pelo fato de ter sido neoliberal e também pela aliança com o PFL, mas apóia Lula, mesmo diante da manutenção da mesmíssima política neoliberal. Sem contar alianças como as que o governo atual firmou com “reservas morais” como Sarney, Collor e Maluf. PFL, não; Maluf, sim.
FHC era um "vendido"; Lula apenas usa os mecanismos necessários para a governabilidade. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Ele é dogmático; não tem convicções, mas sim fé cega. Seu partido de coração não comete erros, seus aliados não cometem erros, seus amigos não cometem erros, nem os amigos dos amigos. "Crimes", então, nem pensar. Sacrilégio! Blasfêmia!
Quando surge alguma notícia negativa a respeito da legenda na qual deposita sua fé, imediatamente considera uma manobra da mídia golpista que não aceita o governo popular. E faz isso tomando cerveja e vendo algum jogo de futebol na TV do boteco. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O caro amigo leitor é ou conhece alguém assim?
Adaptado do texto - O Esquerdista Médio do blog Imprensa Marrom.

Publicado em O Progresso de 23 de março de 2008

terça-feira, 18 de março de 2008

A PARÁBOLA DA BOLSA

Para entender como funciona o mercado de ações.
Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos à $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça.
Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça. Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.
O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos. Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões:
- Olhem todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada.
Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.
Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.

terça-feira, 4 de março de 2008

ESQUERDA?


Foto da união do "Socialismo Bolivariano" com a direita européia

CHAVEZ X BOLÍVAR

Como pode alguém que se intitula o “novo Bolívar” insuflar uma guerra entre países latinos americanos, se a grande luta de Bolívar, após derrotar o imperialismo espanhol, foi justamente unir o continente?
Como pode um governante querer ser o Líder da Nação Bolivariana se ao invés de tentar acalmar os ânimos, faz é estimular a discórdia e mandar tanques e soldados para a fronteira numa clara ameaça ao país vizinho?
Se Chavez quer lutar com Uribe por achar que ele é “um artífice do governo imperialista”, porque não ataca diretamente o governo imperialista?
Essa estratégia de forjar uma guerra para unir o povo ao seu ditador, para esconder problemas internos tais como desabastecimento, inflação, desemprego, etc. já foi vista na América Latina pelo povo argentino, na Guerra das Malvinas, e todos sabemos a conseqüência, dor e tristeza para o povo.
Se Chavez com sua revolução socialista bolivariana quer realmente atingir o inimigo imperialista capitalista deve atacar onde ele é carente de recursos (como militar estrategista deve saber disso). É só ele parar de fornecer petróleo aos EUA que criará uma crise, fará com que os americanos paguem mais pelo combustível devido à lei da oferta e procura (ícone do capitalismo) o que com certeza irá provocar uma série de aumentos na já problemática economia americana.
É o momento certo, pois, a economia americana esta atravessando uma série de contratempos, é ano eleitoral e ele pode alegar (em minha opinião houve) apoio do governo americano para o exército colombiano localizar e atacar as FARC´S em território equatoriano, e que, portanto, esta havendo ingerência imperialista na região e ele como “bastião da integridade latino americana” teve que fazer algo.

sábado, 1 de março de 2008