segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Coisas que a vida ensina depois dos 40


No crepúsculo de mais um ano e na espera do nascimento do outro, normalmente fazemos nossas reflexões: o que fiz de bom e ruim esse ano; quantas amizades ganhei, quantas perdi; quantos carinhos recebi, quantos deixei de dar; quantos sorrisos brindaram minhas manhãs, quantas caras feias deixei.

Esses pensamentos buscaram em minha memória, um artigo de Artur da Távola (pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros), carioca da gema, político, escritor e jornalista, nascido em 3 de janeiro de 1936 e desde 9 de maio passado, está junto ao Criador. O título deste artigo é plágio do dele, que é assim:

Amor não se implora, não se pede não se espera...

Amor se vive ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.

Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.

Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor... O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...

Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito amado. E vive a vida mais alegremente...

Publicado no jornal O Progresso de Imperatriz-MA em 28.12.2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

HORA DE CRISE, HORA DE MUDANÇAS


Existe uma enorme quantidade de ditados populares que podemos usar no momento atual: “há males que vem para o bem”, “não há mal que nunca acabe”, “depois da tempestade vem a bonança”, “no começo é assim, depois melhora”, e tanto outros que daria para escrever um artigo só citando ditados, todos eles buscando uma forma de fazer com que tenhamos esperanças e torçamos pelo fim da “marolinha” que está modificando conceitos, quebrando paradigmas e arrastando muitos para o descrédito.
Já que falei de ditado, irei me aproveitar de um, “tudo tem um lado bom”. A recessão que se anuncia nos EUA e também em alguns países da Europa somada à diminuição no consumo em alguns outros países, pode ser boa para o mundo, se pensarmos no meio ambiente. A queda no preço da soja certamente servirá de desestímulo ao avanço da oleaginosa sobre as matas nativas, assim como a queda do preço do boi. De que adianta desmatar ainda mais a Amazônia para desenvolver pastagens se o boi vai sobrar no pasto por falta de consumidor ou preço?
O mesmo desestímulo podemos estender à produção de aço. Claro que não queremos que o desemprego atinja, como já vêm atingindo, empresas como a Vale, Companhia Siderúrgica Nacional – CSN e outras, inclusive da nossa região. Se pensarmos na diminuição que haverá no uso do carvão vegetal, que queima nos fornos das guzeiras, veremos que o avanço da crise sobre este setor afeta outros setores.
Se não houver demanda de carvão vegetal, para quem produzi-lo? Por que desmatar? Para quem vender a madeira retirada na criação de pastagens? (essa venda diminui e muito o custo de implantação do pasto). Se não houver motivo para produzir carvão, não será necessário que trabalhadores se sujeitem ao trabalho escravo nas carvoarias escondidas no meio da mata.
Outro setor da economia no qual se espera uma queda nos índices de crescimento, já no próximo trimestre, é setor da construção civil. Este é outro setor que utiliza madeira de desmatamento ilegal e tem avançado seus condomínios sobre áreas de mata nativa e mangues.
Sem sombra de dúvida um setor que já sofreu uma queda brusca foi o petrolífero. O barril que há seis meses atrás chegou a US$ 150.00, hoje bate nos US$ 36.00. É uma queda tão grande que a OPEP está reduzindo a produção para tentar pelo menos não deixar que fique abaixo desse patamar.
Ótimo! Menos produção de petróleo, ar mais limpo.
É hora de crise, é hora de mudança. A história nos ensina que nas maiores crises o homem sempre se superou e criou novas soluções. É hora de ser criativo e inovar. É hora de pensar em novos meios de produzir, sem destruir o meio ambiente e sem escravizar trabalhadores.
Se repentinamente apareceu dinheiro, no Brasil e no mundo, para socorrer bancos, montadoras de veículos e empreiteiras, porque não planejar melhor e programar recursos para um modo de produção sustentável. A natureza nos dá tudo e só pede respeito, vamos respeitá-la e utilizar seus recursos de maneira correta, sustentável, gerando emprego e renda, principalmente às comunidades que hoje são negativamente afetadas pelo crescimento desmedido.