O Sr. Luís Inácio vem comprovando o que disse quando afirmou que era uma metamorfose ambulante, pois, trata o mesmo tema com duas visões totalmente antagônicas.
O Brasil passou de uma hora para outra, de exemplo a ser seguido pelo mundo, na produção de energia alternativa, a vilão da inflação mundial de alimentos por essa mesma produção. Falácia, tremenda falácia de grupos interessados em não ter o Brasil e os outros paises emergentes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), crescendo e ameaçando sua hegemonia no comando do mundo capitalista, sobretudo na relação norte desenvolvido e sul subdesenvolvido.
A produção de alimentos no Brasil vem crescendo, assim como vem crescendo a produção de álcool e açúcar. A fome no mundo não é uma questão de produção, mas sim de distribuição de renda, a fome já existia antes dos biocombustíveis e vai continuar a existir se não houver uma mudança no financiamento subsidiado da produção de alimentos nos EUA e Europa. Lá sim é que os produtores são pagos para não produzir, só produzem de acordo com a vontade do Estado, ou seja, podem ser considerados funcionários públicos indiretos – cadê o capitalismo moderno? Cadê a mão invisível? Cadê o livre mercado?
É fácil comprovar o que estou dizendo, os americanos são os maiores produtores (38,5%), consumidores (32,7%) e exportadores (65,1%) mundiais de milho.
No ano passado, 84 milhões de toneladas de milho foram destinadas ao etanol. O comércio mundial de milho é de cerca de 88 milhões de toneladas. Nos últimos anos, a produção cresceu. Os fazendeiros americanos foram capazes de aumentar a produção tão rapidamente que não só houve milho suficiente para a expansão dos biocombustíveis, mas os EUA ainda exportaram mais, destinaram mais milho à ração de animais e aumentaram ligeiramente seu estoque, bastou o governo americano querer.
O problema é que para aumentar a produção do milho os EUA tiveram de reduzir sua produção de soja e de trigo na mesma proporção. A partir de março do ano passado, há um gargalo de suprimento de soja. A produção de trigo dos EUA e de outros países também caiu. Resultado: os preços dos dois grãos subiram. E o milho, apesar da produção recorde nos EUA, começou a subir também. Na safra 2007-2008, os biocombustíveis foram um dos principais fatores, não o único, houve seca também.
Se o preço dos alimentos tem subido deve-se atribuir a esses fatores o aumento, portanto aos EUA e não ao Brasil.
Por que a Europa não aceita a Rodada de Doha (da Organização Mundial do Comércio) e pelo menos diminui subsídios aos seus produtores, permitindo que os países do sul tenham condições para brigar por uma fatia do mercado já que os preços não mais seriam baixos artificialmente?
Ai que entra o Luís Inácio, ele tem utilizado esse e outros argumentos válidos para defender o Brasil e o nosso biocombustível, esta fazendo realmente o papel que lhe cabe, defendendo os interesses do país no concorrido mercado mundial. Desta vez esta deixando de lado as prosopopéias etílicas e falando de maneira clara e direta, apesar da besteira da inflação boa, mas deixemos isso pra lá, foi um escorregão.
Mas ... com ele sempre tem um mas, ao mesmo tempo que defende o Brasil lá fora, internamente faz que não vê e até financia o ex-movimento social MST a invadir e destruir plantações, permite que recursos nacionais escorram na enxurrada de ONG´s que “defendem a Amazônia e os índios” preparando a instalação de uma nova nação dentro da nação brasileira, passo para o desmembramento e criação da “Região Amazônica Transnacional” ou “Amazônia Mundial”, “Internacionalização da Amazônia” ou outra coisa qualquer que valha.
Cadê os investimentos em infra-estrutura para o escoamento da produção de grãos. Batemos recordes todo ano na produção e ao mesmo tempo recordes de desperdícios de alimentos que caem pelas estradas esburacadas. Grãos tem seus preços encarecidos por portos atrasados e mal operados. Onde estão os estoques reguladores? Eram utilizados na entressafra e para a regulagem de preços, evitando a especulação, falta logística.
O Luís Inácio é inteligente, pois, ninguém chega aonde ele chegou se não o for, mas deve faltar conhecimento, já que não estudou e acha que livro bom é livro em branco, e humildade para ouvir técnicos concursados, já que só deve ouvir os aloprados em cargo de direção e/ou confiança.
Publicado no jornal O Progresso em 27/04/2008 - Imperatriz MA.
O Brasil passou de uma hora para outra, de exemplo a ser seguido pelo mundo, na produção de energia alternativa, a vilão da inflação mundial de alimentos por essa mesma produção. Falácia, tremenda falácia de grupos interessados em não ter o Brasil e os outros paises emergentes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), crescendo e ameaçando sua hegemonia no comando do mundo capitalista, sobretudo na relação norte desenvolvido e sul subdesenvolvido.
A produção de alimentos no Brasil vem crescendo, assim como vem crescendo a produção de álcool e açúcar. A fome no mundo não é uma questão de produção, mas sim de distribuição de renda, a fome já existia antes dos biocombustíveis e vai continuar a existir se não houver uma mudança no financiamento subsidiado da produção de alimentos nos EUA e Europa. Lá sim é que os produtores são pagos para não produzir, só produzem de acordo com a vontade do Estado, ou seja, podem ser considerados funcionários públicos indiretos – cadê o capitalismo moderno? Cadê a mão invisível? Cadê o livre mercado?
É fácil comprovar o que estou dizendo, os americanos são os maiores produtores (38,5%), consumidores (32,7%) e exportadores (65,1%) mundiais de milho.
No ano passado, 84 milhões de toneladas de milho foram destinadas ao etanol. O comércio mundial de milho é de cerca de 88 milhões de toneladas. Nos últimos anos, a produção cresceu. Os fazendeiros americanos foram capazes de aumentar a produção tão rapidamente que não só houve milho suficiente para a expansão dos biocombustíveis, mas os EUA ainda exportaram mais, destinaram mais milho à ração de animais e aumentaram ligeiramente seu estoque, bastou o governo americano querer.
O problema é que para aumentar a produção do milho os EUA tiveram de reduzir sua produção de soja e de trigo na mesma proporção. A partir de março do ano passado, há um gargalo de suprimento de soja. A produção de trigo dos EUA e de outros países também caiu. Resultado: os preços dos dois grãos subiram. E o milho, apesar da produção recorde nos EUA, começou a subir também. Na safra 2007-2008, os biocombustíveis foram um dos principais fatores, não o único, houve seca também.
Se o preço dos alimentos tem subido deve-se atribuir a esses fatores o aumento, portanto aos EUA e não ao Brasil.
Por que a Europa não aceita a Rodada de Doha (da Organização Mundial do Comércio) e pelo menos diminui subsídios aos seus produtores, permitindo que os países do sul tenham condições para brigar por uma fatia do mercado já que os preços não mais seriam baixos artificialmente?
Ai que entra o Luís Inácio, ele tem utilizado esse e outros argumentos válidos para defender o Brasil e o nosso biocombustível, esta fazendo realmente o papel que lhe cabe, defendendo os interesses do país no concorrido mercado mundial. Desta vez esta deixando de lado as prosopopéias etílicas e falando de maneira clara e direta, apesar da besteira da inflação boa, mas deixemos isso pra lá, foi um escorregão.
Mas ... com ele sempre tem um mas, ao mesmo tempo que defende o Brasil lá fora, internamente faz que não vê e até financia o ex-movimento social MST a invadir e destruir plantações, permite que recursos nacionais escorram na enxurrada de ONG´s que “defendem a Amazônia e os índios” preparando a instalação de uma nova nação dentro da nação brasileira, passo para o desmembramento e criação da “Região Amazônica Transnacional” ou “Amazônia Mundial”, “Internacionalização da Amazônia” ou outra coisa qualquer que valha.
Cadê os investimentos em infra-estrutura para o escoamento da produção de grãos. Batemos recordes todo ano na produção e ao mesmo tempo recordes de desperdícios de alimentos que caem pelas estradas esburacadas. Grãos tem seus preços encarecidos por portos atrasados e mal operados. Onde estão os estoques reguladores? Eram utilizados na entressafra e para a regulagem de preços, evitando a especulação, falta logística.
O Luís Inácio é inteligente, pois, ninguém chega aonde ele chegou se não o for, mas deve faltar conhecimento, já que não estudou e acha que livro bom é livro em branco, e humildade para ouvir técnicos concursados, já que só deve ouvir os aloprados em cargo de direção e/ou confiança.
Publicado no jornal O Progresso em 27/04/2008 - Imperatriz MA.
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