segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sir Ney


Reportagem publicada no Jornal Pequeno dá uma mostra de como a família do Sir Ney utiliza "seus" recursos financeiros.




POR OSWALDO VIVIANI


De Sintra, Portugal
Chamado pela revista inglesa "The Economist", em fevereiro passado, de representante do semifeudalismo na política brasileira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), adquiriu, no final de sua Presidência, em 1990, um castelo em estilo que lembra o período medieval, na cidade de Sintra, em Portugal (a 20 km de Lisboa). Trata-se da Quinta dos Lagos - imóvel de 23.400 metros quadrados de área total, avaliado atualmente em R$ 30 milhões (10 milhões de euros), sem contar o valor histórico -, que teria pertencido a Sarney por pelo menos 5 anos. A propriedade nunca foi declarada à Justiça Eleitoral nem à Receita brasileira.
De acordo com uma reportagem investigativa publicada na ocasião pela revista portuguesa "Olá", Sarney comprou a Quinta dos Lagos por meio da Almonde Securities S.A., uma offshore com sede no Panamá, mas que tem os fundos geridos na Suíça. Os dois países - Panamá e Suíça - são "paraísos fiscais" (locais que gente endinheirada busca para abrir empresas quando pretende driblar o Fisco).
A reportagem do Jornal Pequeno esteve em Sintra e Lisboa, de 14 a 22 de abril, e teve acesso, embora restrito, ao registro da transação imobiliária na 1ª e na 2ª Conservatórias (Cartórios) de Registro Predial de Sintra. A Quinta dos Lagos teria sido comprada por José Sarney/Almonde de representantes legais de uma certa família Sibourg.
Não foi possível localizar nos dois cartórios de Sintra a data em que Sarney se desfez do imóvel. O JP apurou, no entanto, que o castelo segue em nome de alguém ligado à Almonde Securities, cujos endereço e telefone em Sintra são da Quinta dos Lagos. Vizinhos e comerciantes antigos, instalados nos arredores do castelo, garantiram ao JP que pelo menos até 1993 "uns brasileiros da família de um ex-presidente da República" passavam parte do verão europeu na Quinta dos Lagos.
Assunto tabu - O "caso do castelo" é um assunto tabu para o senador José Sarney, que sempre evitou, de todas as formas, comentá-lo. O JP encaminhou ao assessor da Presidência do Senado, Chico Mendonça, dois e-mails com várias perguntas a Sarney, além de ter feito com o assessor dois contatos telefônicos.
Na única e ligeira resposta dirigida ao JP, Mendonça afirmou apenas, num e-mail, que "a informação não é verdadeira" e que "quando surgiu pela primeira vez, à época do governo Sarney, foi cabalmente desmentida". O assessor não informou ao JP os termos desse desmentido "cabal" e, certamente por orientação do senador Sarney, fez um pedido estranho, no final do e-mail: "A declaração deve ser atribuída a mim".

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mídia ignora Jarbas


O principal tema político do momento é a CPI da Petrobras. Com isso todos concordam, tanto que a mídia tem dado destaque ao assunto, principalmente os jornais nacionais. Mas a cobertura está capenga. Ela é toda dirigida para a reação do governo Lula e da Petrobras.
Os jornais desta terça-feira destacam que a estratégia do governo em relação a CPI foi traçada seis mãos pelo presidente Lula, o ministro Franklin Martins e o ministro José Múcio Monteiro.
O plano é carimbar na testa dos tucanos, e não no todo da oposição, que eles agem de olho na sucessão de 2010 sem se importar com a estabilidade da Petrobras.
O tom da ofensiva foi dado pelo presidente Lula da Silva ao dizer que o PSDB adotou atitude "irresponsável" e "impatriótica". O objetivo de isolar os tucanos e jogá-los contra a opinião pública.
Cumprindo a estratégia traçada por Lula, Franklin e Múcio o governo partiu para o ataque contra os tucanos, classificando a criação da CPI da Petrobras de tentativa de "desmoralização da empresa para privatizá-la", em uma clara reedição da estratégia utilizada com sucesso em 2006 durante o segundo turno da campanha eleitoral em que Lula derrotou Geraldo Alckmin.
Na segunda-feira, 18, entraram em campo entoando esse discurso os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Edison Lobão (Minas e Energia), Guido Mantega (Fazenda), Nelson Jobim (Defesa) e Carlos Lupi (Trabalho).
A repercussão dos discursos dos governistas permeou todo o noticiário dos telejornais da noite de segunda-feira, 18, e dos principais jornais do país em suas edições de terça-feira, 19.
Enquanto isso, o discurso veemente do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) respondendo as declarações de Lula e seus áulicos sobre a CPI da Petrobras foi ignorado pela mídia nacional, com exceção é claro da mídia pernambucana.
Jarbas respondeu a altura. Em seu discurso na tribuna do Senado reagiu com veemência a estratégia montada por Lula, Franklin e Múcio.
Durante seu discurso, Jarbas enumerou cinco irregularidades cometidas pela estatal: superfaturamento, apontado pelo TCU, em diversas obras; manobras da estatal, questionadas pela Receita, para não recolher R$ 4 bilhões em impostos; empréstimo de emergência de R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal por causa os aumentos dos gastos operacionais da empresa; pagamento irregular, conforme a Polícia Federal, de royalties a municípios por parte da empresa; e uso político da companhia, através de uma ONG ligada ao PT baiano, para financiar festas de São João na Bahia.
Jarbas pegou pesado. Afirmou que Lula e o PT não "têm moral" para falar em irresponsabilidades ou impatriotismo, lembrando que o presidente e o seu partido não quiseram assinar a Constituição de 88, votaram contra o Plano Real, votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e votaram contra o Proer, que agora Lula anda vendendo aos países ricos como a solução para a crise econômica, segundo Jarbas.
- É uma falácia que a CPI da Petrobras vai prejudicar a economia brasileira. Há 17 anos, o Congresso tirou um presidente da República e o Brasil continuou sendo o Brasil. O presidente não pode acusar a oposição de irresponsável por propor uma CPI para investigar uma empresa estatal que é acusada de corrupção - afirmou Jarbas Vasconcelos.
Jarbas lembrou que Lula e o PT, antes de assumirem o governo em 2003, propuseram dezenas de CPIs contra todos os governos, de Sarney a FHC. Mais incisivo Jarbas acusou o presidente Lula e seu governo de construir um "aparelhamento ideológico e partidário" na Petrobras.
- A Petrobras não é do PT. A Petrobras é do Brasil, dos brasileiros - afirmou.
Para Jarbas, um dos objetivos da CPI "é impedir que este governo comprometa o futuro" da empresa.
- Quem é o presidente Lula para falar de patriotismo quando faz a Petrobras ser humilhada pelos governantes da Bolívia, da Venezuela e do Equador? Quando o presidente afirma que a CPI é eleitoreira, é uma desfaçatez. Quem foi que montou um palanque e lançou a ministra Dilma Rousseff candidata à Presidência da República? Não é hora de querer fazer a opinião pública de idiota, de começar a dizer lorotas. O governo precisa respeitar o papel da oposição. O governo ganha a eleição para governar. A oposição perde a eleição e vai fiscalizar o governo. Se o governo não cumpriu as suas obrigações de administrar com correção e, sobretudo, com honestidade, a oposição tem à função de fiscalizar sem medo de cara feia ou de ameaças.
Estranhamente, do Jornal Nacional a Folha de São Paulo, nem uma linha sobre a principal reação da oposição a estratégia do governo.
Estranho, muito estranho, principalmente por que a mídia deu um amplo espaço a Jarbas quando ele desancou o seu partido e não dá agora quando ele eleva o tom contra Lula.
Pelo visto, dá para se começar a pensar que estão usando a mídia para desestabilizar o PMDB, o Congresso Nacional e a oposição.
Será que colocaram um jabuti na árvore?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Presidente amigo

Transcrito do Blog do Claudio Humberto de Brasília
Migalha contra enchente
Um dos estados mais atingidos pelas enchentes, o Maranhão vai receber apenas R$ 50 milhões do R$ 1 bilhão previsto na medida provisória para socorrer as populações atingidas. “Receber” é força de expressão.

terça-feira, 12 de maio de 2009

PIADINHA...


ESCLARECIMENTO IMPORTANTE...
Fico triste quando usam a Internet para espalhar informações que não procedem!
Enviaram-me hoje um e-mail dizendo que o sangue do nosso presidente é do tipo A-peritivo, e o dos eleitores dele é do tipo O-tário.
É muita sacanagem e falta de ética, usar a Internet para passar esse tipo de coisa...
Temos que divulgar informações corretas!
O sangue do presidente é do tipo B-bum e o dos eleitores AB-estalhados.
Não esqueça: 'A mentira tem perna curta, língua presa, barba branca e um dedo a menos na mão'.