Esta semana vi numa reportagem, em uma emissora de TV local, que estão faltando moedas na praça, as famosas moedinhas estão sumindo do comércio e deixando os comerciantes “loucos” sem ter como dar o devido troco aos clientes.
Quem, como eu, já tem mais de 40 anos conviveu com essa experiência, é só nos lembramos quando ocorriam os “pacotes econômicos de governo”, que vinham acompanhados de congelamento de preços, troca de moeda, corte de zeros, congelamento do câmbio e etc. Antes dos pacotes ninguém abaixava para pegar uma moeda caída no chão, ela não valia nada, depois da implantação dos pacotes comprava-se moeda com ágio.
O fato do “sumiço” das moedas, na verdade, não é que as moedinhas repentinamente fugiram do mercado e se esconderam em cofrinhos de crianças que são contra a economia e o troco farto, mas sim porque que elas começaram a ter valor e sua falta agora é notada.
Os centavos que até bem pouco tempo eram desprezados pelos clientes nos caixas das lojas, supermercados e farmácias, agora são solicitados e reclamados pelos mesmos clientes, pois, agora eles estão valorizados.
A moeda brasileira esta valorizada, notadamente frente ao dólar americano, e esta valorização não é decorrente de um pacote, de uma medida provisória ou outro artifício qualquer, a nossa moeda agora esta sofrendo influências do mercado. Quem dita quanto vale o Real, não é mais o ministro da Fazenda ou o presidente do Banco Central, mas sim o mercado. As políticas monetárias aplicadas influenciam, mas não são mais o único vetor para o alinhamento de preços no câmbio.
Este fator é extremamente positivo, pois, mostra um país com economia equilibrada, sem sobressaltos, com rumo certo e moeda estável e forte.
Mas como não existe o bem sem o mal, vejamos o lado ruim do que esta ocorrendo. Há alguns anos o Banco Central do Brasil suprimiu a moeda de 1 centavo, ou seja, parou de fabricar a moedinha porque ela era desprezível em seu valor de face e cara em seu valor de produção e reduziu a produção das outras moedas menores, pelo mesmo motivo. Para a época a atitude foi correta e cabível como é igualmente devida agora que as moedinhas de centavos voltem ao mercado. Não pensem os senhores leitores que estou sendo um muquirana, mão-de-vaca ou outro adjetivo equivalente, que normalmente tenho ouvido, quando peço o troco completo ou a diferença a meu favor. Vejamos uma conta rápida:
Se pegarmos uma rede de supermercado que tem duas lojas aqui na cidade, por onde passam em média sete mil clientes diariamente, e multiplicarmos essa quantidade por míseros centavos que não exigimos para não passarmos por canguinha, mão-de-vaca, muquirana, etc., vamos ver quanto resulta no total.
Se o valor da moeda for de:
Quem, como eu, já tem mais de 40 anos conviveu com essa experiência, é só nos lembramos quando ocorriam os “pacotes econômicos de governo”, que vinham acompanhados de congelamento de preços, troca de moeda, corte de zeros, congelamento do câmbio e etc. Antes dos pacotes ninguém abaixava para pegar uma moeda caída no chão, ela não valia nada, depois da implantação dos pacotes comprava-se moeda com ágio.
O fato do “sumiço” das moedas, na verdade, não é que as moedinhas repentinamente fugiram do mercado e se esconderam em cofrinhos de crianças que são contra a economia e o troco farto, mas sim porque que elas começaram a ter valor e sua falta agora é notada.
Os centavos que até bem pouco tempo eram desprezados pelos clientes nos caixas das lojas, supermercados e farmácias, agora são solicitados e reclamados pelos mesmos clientes, pois, agora eles estão valorizados.
A moeda brasileira esta valorizada, notadamente frente ao dólar americano, e esta valorização não é decorrente de um pacote, de uma medida provisória ou outro artifício qualquer, a nossa moeda agora esta sofrendo influências do mercado. Quem dita quanto vale o Real, não é mais o ministro da Fazenda ou o presidente do Banco Central, mas sim o mercado. As políticas monetárias aplicadas influenciam, mas não são mais o único vetor para o alinhamento de preços no câmbio.
Este fator é extremamente positivo, pois, mostra um país com economia equilibrada, sem sobressaltos, com rumo certo e moeda estável e forte.
Mas como não existe o bem sem o mal, vejamos o lado ruim do que esta ocorrendo. Há alguns anos o Banco Central do Brasil suprimiu a moeda de 1 centavo, ou seja, parou de fabricar a moedinha porque ela era desprezível em seu valor de face e cara em seu valor de produção e reduziu a produção das outras moedas menores, pelo mesmo motivo. Para a época a atitude foi correta e cabível como é igualmente devida agora que as moedinhas de centavos voltem ao mercado. Não pensem os senhores leitores que estou sendo um muquirana, mão-de-vaca ou outro adjetivo equivalente, que normalmente tenho ouvido, quando peço o troco completo ou a diferença a meu favor. Vejamos uma conta rápida:
Se pegarmos uma rede de supermercado que tem duas lojas aqui na cidade, por onde passam em média sete mil clientes diariamente, e multiplicarmos essa quantidade por míseros centavos que não exigimos para não passarmos por canguinha, mão-de-vaca, muquirana, etc., vamos ver quanto resulta no total.
Se o valor da moeda for de:
- R$ 0,01, isso representa R$ 70,00 reais por dia, R$ 490,00 por semana, R$ 2.100,00 por mês e R$ 25.550,00 por ano.
- R$ 0,05 isso representa: R$ 350,00 ao dia, R$ 2.450,00 por semana, R$ 10.500,00 mensal e R$ 127.750,00 por ano.
Valor que dá para sortear 5 carros populares para os clientes que deixaram o troco “voluntariamente”.
Gostaram da conta? Portanto caros amigos leitores exijam seu troco correto, é dever e obrigação do comerciante oferecer o troco correto, ou a diferença a seu favor. Lembre-se quantas vezes por não ter uma moedinha, você deixou de comprar algo.
Artigo publicado no jornal O Progresso em 20.01.2008
Gostaram da conta? Portanto caros amigos leitores exijam seu troco correto, é dever e obrigação do comerciante oferecer o troco correto, ou a diferença a seu favor. Lembre-se quantas vezes por não ter uma moedinha, você deixou de comprar algo.
Artigo publicado no jornal O Progresso em 20.01.2008